terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Itaú: juros menores e carteira de crédito vão liderar expansão em 2012


SÃO PAULO - Depois de apresentar uma baixa anual de 5,07% no lucro líquido  do quarto trimestre do ano passado, a R$ 3,68 bilhões, o Itaú Unibanco (ITUB4) espera que o cenário de menores juros e crescimento da oferta de crédito imobiliário impulsione a expansão durante 2012.
A instituição terminou 2011 com uma taxa de inadimplência de 4,9%, subindo 0,7 ponto percentual nos 12 meses. Roberto Setubal, presidente-executivo do banco, acredita que o ciclo de corte na Selic promovido pelo Banco Central deve fazer com que esse índice caia durante o ano.
Ele ainda rechaça a ideia de que a perda em margemfinanceira, referente ao capital próprio da holding, perderá força por causa do juro básico em menor patamar. “Juros mais baixos e estáveis são melhores para nós enquanto banco do que mais altos e instáveis”, avaliou Setubal em entrevista coletiva na sede do Itaú.
Expansão da carteira
Quanto à carteira de crédito da instituição, Setubal acredita que uma grande impulsão continuará vindo do oferecimento de empréstimos imobiliários. No ano passado, foram R$ 13,45 bilhões para o segmento, o que representou uma alta de 66,7% no período. Em relação aos outros tipos de financiamento que o banco pratica, esse ainda é o menos relevante no balanço, o que possibilita uma aceleração mais intensa. As metas para este ano serão reveladas na próxima quarta-feira (8).
Esse crescimento passa também pelos esforços que a instituição está concentrando no atendimento ao cliente. Foram 123 agências inauguradas e 440 reformadas em 2011. Depois de a integração com o Unibanco ser finalizada no último mês do ano, com o fechamento do data center da antiga empresa, agora o foco será em inovação e produtos para os correntistas.
O processo durou aproximadamente três anos, e sugou grande parte das energias do Itaú. Uma reestruturação deve ser feita, e alguns postos de trabalho, fechados ou substituídos, para que os dois passassem a operar sobre a mesma estrutura de tecnologia - setor que trabalhou sempre com mais de 30% da sua capacidade, concentrado no assunto. “A integração foi a maior conquista do ano passado para nós”, revela o CEO.

Postado Por Alair Alcântara
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Delegado solicita planta original de prédio que desabou em São Paulo

Equipes retiram escombros do local do desabamento em São Bernardo do Campo
Equipes retiram escombros do local do desabamento em São Bernardo do Campo


O delegado Victor Vasconcellos Lutti, titular do 1º DP de São Bernardo do Campo (SP) e responsável pelo inquérito que investiga as causas do desabamento parcial do edifício Senador, no centro do município, afirmou na tarde desta terça-feira que requisitará a planta original do prédio para verificar se a construção sofreu alguma mudança significativa ao longo dos últimos 30 anos. De acordo com o delegado, é preciso descobrir se obras recentes teriam comprometido a estrutura.
"Vamos requisitar essa planta para verificar, andar por andar, o que aconteceu nesses mais de 30 anos que o prédio está em funcionamento", disse. Segundo o delegado, uma testemunha relatou que o edifício teria passado por reformas recentemente. "Levantou-se a possibilidade de ter ocorrido uma obra no prédio no passado. Essa testemunha será preservada por nossa parte, pois ela pode trazer novas informações ao inquérito", afirmou.
De acordo com Lutti, o prédio comercial teria seis escritórios por andar. O desabamento atingiu apenas um escritório de cada um dos 13 pavimentos afetados. O delegado afirmou ainda aguardar o laudo do Instituto de Criminalística (IC), que, segundo ele, ajudará a elucidar os fatos. "A nossa busca é colher provas técnicas para chegar até a verdade dos fatos", disse.
O desabamento
Por volta das 19h40 do dia 6 de fevereiro de 2012, o Corpo de Bombeiros recebeu um chamado relatando um desabamento em um edifício de 14 andares na avenida Índico, no centro de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. No total, 13 lajes desabaram umas sobre as outras. O desabamento deixou ao menos uma criança morta, seis feridos, e uma enfermeira desaparecida.
Depois do incidente, o prefeito do município, Luiz Marinho (PT), afirmou que a documentação do edifício estava em situação regular. A menina de 3 anos morta no desabamento chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Pronto Socorro Central da cidade.
Postado Por Alair Alcântara
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Reunião entre governo da BA e PMs em greve não chega a acordo


Desde a semana passada os grevistas ocupam a Assembleia Legislativa do Estado. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Desde a semana passada os grevistas ocupam a Assembleia Legislativa do Estado
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Uma reunião de quase sete horas entre representantes do governo da Bahia e líderes da greve dos policiais militares do Estado terminou sem acordo na tarde desta terça-feira. A assessoria do governo, entretanto, informou ao Terra que isso não representa que não houve avanço. O governador Jaques Wagner expressou otimismo em relação às negociações, que seguem abertas.
"Oferecemos uma proposta que é o sonho dos PMs da Bahia, a GAP (Gratificação de Atividade Policial) 4 e a GAP 5. Entre 2012 e 2015 oferecemos o atingimento das GAPs 4 e 5, que finalmente farão parte do contracheque de todos os policiais militares do Estado", disse à GloboNews o governador. Segundo ele, o impasse segue devido a um "grupo absolutamente minoritário" para quem "qualquer proposta que você faz, ele entende que é insuficiente".
Segundo Jaques Wagner, a GAP 5 traria um reajuste da ordem de 35% para os profissionais. "Foi levada à mesa e, estranhamente, depois de muitas horas, eles voltaram a uma pauta inicial. E reparem: nem querem falar da GAP 5 e querem a GAP 4 agora em março, o que não é comportado pelo orçamento do Estado", afirmou o petista à emissora, garantindo que a "proposta é concreta e significativa". "Vamos ver o desenrolar de hoje até amanhã. Tenho certeza de que essa proposta será acolhida no seio da corporação."
O chefe do Executivo baiano reiterou que não haverá anistia a militares acusados de atos de vandalismo. "As prisões são determinação do Poder Judiciário aceitando denúncia feita pelo Ministério Público sobre alguns - absoluta minoria - que estavam praticando atos de vandalismo, queima de ônibus escolar, ameaças, cortes com facas dos pneus dos carros da Polícia Militar... Eu queria separar - e já disse nas redes estaduais e nacionais - que aqueles que participaram pacificamente do movimento reivindicatório não têm com que se preocupar", afirmou, sustentando que não haverá "salvo-conduto para aqueles que estão confundindo direito de reivindicar com o de afrontar o Estado de Direito e a população".
A greve
A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência em Salvador e região metropolitana. O número de homicídios dobrou em comparação ao mesmo período do ano passado. A ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.
Em todo o Estado, eventos e shows foram cancelados. A volta às aulas de estudantes de escolas públicas e particulares, que estava marcada para 6 de fevereiro, foi prejudicada. Apenas os alunos da rede pública estadual iniciaram o ano letivo.
Para reforçar a segurança, a Bahia solicitou o apoio do governo federal. Cerca de três mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. As tropas ocupam bairros da capital e monitoram portos e aeroportos.
Dois dias após a paralisação, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando a ilegalidade da greve e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspenda o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos.
A categoria reivindica a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.
Terra

Postado Por Alair Alcântara

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