Com 12 votos a favor e cinco contra, o Conselho Municipal de Transportes aprovou, na tarde de quarta-feira (11), a proposta da Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), que prevê o aumento de 8,11% na tarifa do transporte público, elevando o preço da passagem de R$ 1,85 para R$ 2,00. Porém, a decisão, prevista para Belém e distritos de Mosqueiro e Cotijuba, ainda precisa ser homologada pela Prefeitura Municipal de Belém.
Segundo a superintendente da CTBel, Ellen Margareth, o aumento aprovado pela maioria dos membros do conselho é justo, pois leva em consideração estudo técnico feito pela própria companhia. “Qualquer prestação de serviço tem que ter uma contraprestação”, justificou. “O preço de R$ 2,00 é justo. Mas não posso levar em consideração, hoje, se está dentro do poder aquisitivo da população. É uma decisão técnica”.
Confiante no resultado obtido na reunião de ontem (11), ela acredita que o prefeito Duciomar Costa deve homologar a decisão do conselho. “Tenho certeza de que o prefeito vai homologar esse valor porque ele foi obtido através de um levantamento técnico”. Ainda assim, a proposta dever ser encaminhada para a prefeitura ainda hoje, segundo a CTBel, mas só passará a valer após a publicação no Diário Oficial do Estado. “Ele (prefeito) tem até dez dias para aprovar, mas acreditamos que ele assine até o final dessa semana”.
Quem também ficou satisfeito com a decisão do conselho foi o representante do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), Roberto Sena. “O valor de R$ 2,00 dá exatamente a inflação para o período. Pela primeira vez os ônibus estão sendo reajustados dentro dos parâmetros da inflação”, disse. “Mesmo com esse reajuste, o valor da passagem de Belém continuará entre os menores do Brasil”.
Porém, o assessor técnico do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel), Délcio Farias de Souza, apesar de ter votado a favor do aumento, acredita que o valor é insuficiente. “Nesse valor, não foi contemplado o recente aumento que foi dado aos rodoviários. Há quatro dias demos um e isso não foi levado em consideração como parte dos custos”.
Apesar disso, ele afirma que com o aumento previsto as empresas de transporte vão poder investir na qualificação do transporte público. “Não vamos deixar de investir na frota. Mas esperamos que esse impacto - que não foi previsto agora - seja levado em consideração lá na frente”.
Quem também não concordou com o aumento, mas por outros motivos, foi a representante da Comissão de Bairros de Belém (CBB), Maria das Graças Pires. “Esse resultado é terrível. Estamos falando em nome de quem ganha um salário mínimo porque aumento do salário ninguém quer dar”.
Para ela, mesmo o valor atual, de R$ 1,85, não é condizente com a realidade do transporte oferecido hoje. “Até o valor atual é caro porque a qualidade dos ônibus não condiz com isso”, afirma. “Quando se fala em R$ 2 aqui (Belém), não se fala no preço da passagem para Mosqueiro que vai para R$ 3,30”.
Segundo a superintendente da CTBel, Ellen Margareth, o aumento aprovado pela maioria dos membros do conselho é justo, pois leva em consideração estudo técnico feito pela própria companhia. “Qualquer prestação de serviço tem que ter uma contraprestação”, justificou. “O preço de R$ 2,00 é justo. Mas não posso levar em consideração, hoje, se está dentro do poder aquisitivo da população. É uma decisão técnica”.
Confiante no resultado obtido na reunião de ontem (11), ela acredita que o prefeito Duciomar Costa deve homologar a decisão do conselho. “Tenho certeza de que o prefeito vai homologar esse valor porque ele foi obtido através de um levantamento técnico”. Ainda assim, a proposta dever ser encaminhada para a prefeitura ainda hoje, segundo a CTBel, mas só passará a valer após a publicação no Diário Oficial do Estado. “Ele (prefeito) tem até dez dias para aprovar, mas acreditamos que ele assine até o final dessa semana”.
Quem também ficou satisfeito com a decisão do conselho foi o representante do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), Roberto Sena. “O valor de R$ 2,00 dá exatamente a inflação para o período. Pela primeira vez os ônibus estão sendo reajustados dentro dos parâmetros da inflação”, disse. “Mesmo com esse reajuste, o valor da passagem de Belém continuará entre os menores do Brasil”.
Porém, o assessor técnico do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel), Délcio Farias de Souza, apesar de ter votado a favor do aumento, acredita que o valor é insuficiente. “Nesse valor, não foi contemplado o recente aumento que foi dado aos rodoviários. Há quatro dias demos um e isso não foi levado em consideração como parte dos custos”.
Apesar disso, ele afirma que com o aumento previsto as empresas de transporte vão poder investir na qualificação do transporte público. “Não vamos deixar de investir na frota. Mas esperamos que esse impacto - que não foi previsto agora - seja levado em consideração lá na frente”.
Quem também não concordou com o aumento, mas por outros motivos, foi a representante da Comissão de Bairros de Belém (CBB), Maria das Graças Pires. “Esse resultado é terrível. Estamos falando em nome de quem ganha um salário mínimo porque aumento do salário ninguém quer dar”.
Para ela, mesmo o valor atual, de R$ 1,85, não é condizente com a realidade do transporte oferecido hoje. “Até o valor atual é caro porque a qualidade dos ônibus não condiz com isso”, afirma. “Quando se fala em R$ 2 aqui (Belém), não se fala no preço da passagem para Mosqueiro que vai para R$ 3,30”.
POPULAÇÃO
Para quem é assalariado e precisa pegar quatro ônibus por dia para se locomover, o valor aprovado na tarde de ontem (11) também não foi encarado de forma positiva. “É um absurdo! Está caro esse valor”, indignou-se o promotor de vendas Carlos Seabra, que afirma gastar mais da metade do salário com transporte.
Para ele, que diz presenciar diariamente a má qualidade dos ônibus que circulam na capital, o aumento de R$ 0,15 vai pesar no final do mês. “Hoje mesmo (ontem) eu peguei um ônibus em que quase caio quando fui sentar porque o banco tava solto”, contou. “Vou ter que tirar dinheiro da alimentação para poder cobrir esse custo maior. Vou deixar de lanchar de manhã, vou ficar com fome”.
O eletricista Vicente Oliveira também vai ter que apertar o orçamento para poder cobrir os custos com o aumento da passagem, caso seja homologado. Ele, que diz gastar cerca de 30% do salário com passagens de ônibus e que precisa pegar quatro conduções diárias, lamenta a possibilidade de aumento. “É uma pena que a gente tenha que mexer na qualidade de vida da nossa família para ter que pagar esse aumento. Vai ter que apertar o orçamento”.
“Pra quem ganha um salário mínimo, esse aumento é exagerado. Eu pego três ônibus e uma van todos os dias”, reclama a recepcionista Elma Teixeira. “Sou assalariada e ainda tenho dois filhos, então, esse aumento faz muita diferença. Deveria aumentar no máximo R$ 0,05”, acredita a servente Nair Coutinho.
Para quem é assalariado e precisa pegar quatro ônibus por dia para se locomover, o valor aprovado na tarde de ontem (11) também não foi encarado de forma positiva. “É um absurdo! Está caro esse valor”, indignou-se o promotor de vendas Carlos Seabra, que afirma gastar mais da metade do salário com transporte.
Para ele, que diz presenciar diariamente a má qualidade dos ônibus que circulam na capital, o aumento de R$ 0,15 vai pesar no final do mês. “Hoje mesmo (ontem) eu peguei um ônibus em que quase caio quando fui sentar porque o banco tava solto”, contou. “Vou ter que tirar dinheiro da alimentação para poder cobrir esse custo maior. Vou deixar de lanchar de manhã, vou ficar com fome”.
O eletricista Vicente Oliveira também vai ter que apertar o orçamento para poder cobrir os custos com o aumento da passagem, caso seja homologado. Ele, que diz gastar cerca de 30% do salário com passagens de ônibus e que precisa pegar quatro conduções diárias, lamenta a possibilidade de aumento. “É uma pena que a gente tenha que mexer na qualidade de vida da nossa família para ter que pagar esse aumento. Vai ter que apertar o orçamento”.
“Pra quem ganha um salário mínimo, esse aumento é exagerado. Eu pego três ônibus e uma van todos os dias”, reclama a recepcionista Elma Teixeira. “Sou assalariada e ainda tenho dois filhos, então, esse aumento faz muita diferença. Deveria aumentar no máximo R$ 0,05”, acredita a servente Nair Coutinho.
Prefeito agora promete o bilhete único
Em meio à possibilidade de aumento da passagem de ônibus, a superintendente da CTBel, Ellen Margareth, informou que o prefeito de Belém Duciomar Costa assinou, ontem (11), um decreto que prevê a implantação do serviço de ‘bilhetagem única’ no município. “O decreto delegou para que a CTBel faça os atos normativos da bilhetagem única”, disse.
Inicialmente, a superintendente disse que o serviço seria estendido a todos os passageiros do transporte público da capital. “Todos que tiverem acesso a ônibus vão ter que ter cartão”. Porém, posteriormente, disse que os detalhes do funcionamento ainda teriam que ser estudados.
Sem saber dar mais informações sobre como funcionará o serviço, ela afirmou apenas que o decreto prevê que o passageiro que precisar pegar dois ônibus no intervalo de duas horas seguidas, pagará apenas uma passagem. “A CTBel tem noventa dias para implantar o sistema”.
Em meio à possibilidade de aumento da passagem de ônibus, a superintendente da CTBel, Ellen Margareth, informou que o prefeito de Belém Duciomar Costa assinou, ontem (11), um decreto que prevê a implantação do serviço de ‘bilhetagem única’ no município. “O decreto delegou para que a CTBel faça os atos normativos da bilhetagem única”, disse.
Inicialmente, a superintendente disse que o serviço seria estendido a todos os passageiros do transporte público da capital. “Todos que tiverem acesso a ônibus vão ter que ter cartão”. Porém, posteriormente, disse que os detalhes do funcionamento ainda teriam que ser estudados.
Sem saber dar mais informações sobre como funcionará o serviço, ela afirmou apenas que o decreto prevê que o passageiro que precisar pegar dois ônibus no intervalo de duas horas seguidas, pagará apenas uma passagem. “A CTBel tem noventa dias para implantar o sistema”.
SURPRESA
Diante da novidade, o assessor técnico do Setrans-Bel, Délcio de Souza, mostrou-se surpreso. “Foi uma surpresa para nós porque entendemos que a implantação de qualquer serviço novo precisa de um estudo prévio”, disse. “Não ficamos satisfeitos, em princípio, porque envolve um custo muito alto”.
O DIÁRIO entrou em contato com a Coordenação de Comunicação (Comus) da Prefeitura Municipal de Belém (PMB) para saber se teria uma previsão de publicação do decreto 66.689/2011, informado pela CTBel como sendo o que prevê a bilhetagem única. Porém, a assessoria informou que a PMB só dará mais detalhes em entrevista coletiva que ainda será marcada.
Diante da novidade, o assessor técnico do Setrans-Bel, Délcio de Souza, mostrou-se surpreso. “Foi uma surpresa para nós porque entendemos que a implantação de qualquer serviço novo precisa de um estudo prévio”, disse. “Não ficamos satisfeitos, em princípio, porque envolve um custo muito alto”.
O DIÁRIO entrou em contato com a Coordenação de Comunicação (Comus) da Prefeitura Municipal de Belém (PMB) para saber se teria uma previsão de publicação do decreto 66.689/2011, informado pela CTBel como sendo o que prevê a bilhetagem única. Porém, a assessoria informou que a PMB só dará mais detalhes em entrevista coletiva que ainda será marcada.
VOTARAM A FAVOR
- Prefeitura Municipal de Belém;
- Companhia de Transportes do Município de Belém;
- Secretaria Municipal de Urbanismo;
- Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão;
- Secretaria Municipal de Economia;
- Secretaria Municipal de Saneamento;
- Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos;
- Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros
de Belém;
- Sindicato dos Taxistas do Pará;
- Departamento de Trânsito do Pará, com dois membros;
- Comando de Policiamento
da Capital.
- Prefeitura Municipal de Belém;
- Companhia de Transportes do Município de Belém;
- Secretaria Municipal de Urbanismo;
- Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão;
- Secretaria Municipal de Economia;
- Secretaria Municipal de Saneamento;
- Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos;
- Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros
de Belém;
- Sindicato dos Taxistas do Pará;
- Departamento de Trânsito do Pará, com dois membros;
- Comando de Policiamento
da Capital.
VOTARAM CONTRA
-Comissão de Bairros de Belém;
-Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas
do Estado do Pará;
-União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas;
-Associação Paraense dos Portadores de Deficiência;
-Federação Metropolitana de Centros Comunitários e Associações de Moradores.
QUEM FALTOU
-Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Pará.
NÚMEROS
R$ 1,85 É valor atual da tarifa de ônibus em Belém.
R$ 2 É para quanto subirá a passagem, se Duciomar homologar o reajuste aprovado ontem.
-Comissão de Bairros de Belém;
-Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas
do Estado do Pará;
-União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas;
-Associação Paraense dos Portadores de Deficiência;
-Federação Metropolitana de Centros Comunitários e Associações de Moradores.
QUEM FALTOU
-Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Pará.
NÚMEROS
R$ 1,85 É valor atual da tarifa de ônibus em Belém.
R$ 2 É para quanto subirá a passagem, se Duciomar homologar o reajuste aprovado ontem.
(Diário do Pará)
Postado Por Alair Alcântara
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