domingo, 18 de julho de 2010

Tema precisa ser debatido nas escolas






Eliza: corpo ainda desaparecido

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Mesmo com o crescente número de mulheres violentadas, a delegada acredita que a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, representa um avanço da legislação brasileira em proteção às mulheres, uma vez que adota medidas de incentivo à denúncia. “Talvez o número de casos tenha aumentado em virtude de uma maior procura pela delegacia”, aponta Lisandra.

Ela defende uma mudança de comportamento das mulheres e uma reação da sociedade frente ao problema. “A mulher tem que adotar uma postura mais firme, se impor mais, ser independente economicamente e estabelecer um planejamento familiar, onde o trabalho apareça antes de ter filhos”, enfatiza. De acordo com a delegada, ainda existe um certo comodismo por parte das mulheres, sendo que muitas preferem ficar em casa exercendo funções domésticas. “A violência contra a mulher é um tema complexo que precisa começar a ser debatido em sala de aula. Se não houver uma transformação social, os homens apenas vão apenas trocar as parceiras e continuar praticando a violência”, finaliza.



Drama que se repete Brasil afora

Muitas ocorrências deixaram de ser apenas números e tornaram-se públicas. No recente caso Bruno, o ex-goleiro do Flamengo é acusado de envolvimento no assassinato da ex-namorada Eliza Samudio. Ainda neste ano, a advogada Mércia Nakashima foi encontrada morta no dia 11 de junho em uma represa em Nazaré Paulista, depois de ficar desaparecida por três semanas. O principal suspeito da morte é o ex-namorado Mizael Bispo de Souza. Em 2008, o Brasil se comoveu com o caso Eloá. A jovem de 15 anos foi sequestrada e morta a tiros pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves. Há 10 anos, outro fato chocou o País: a jornalista Sandra Gomide foi assassinada pelo ex-namorado e também jornalista Antônio Pimenta Neves.



Mobilização em Santa Cruz

Em protesto à violência, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, o Escritório de Defesa dos Direitos da Mulher e a Marcha Mundial das Mulheres estarão na Praça Getúlio Vargas na próxima quarta-feira. As integrantes das entidades distribuirão panfletos com informações sobre crimes e orientações de como proceder para denunciar. Serão organizados dois abaixo-assinados para reivindicar uma vara especializada na violência contra a mulher em Santa Cruz e para ampliar o horário de atendimento da Delegacia da Mulher, que atualmente não funciona no período da noite e não abre nos finais de semana. “Isso implica na nomeação de mais servidores por parte do Estado, mas é uma solução possível para agilizar os processos em andamento, que demoram para serem solucionados em função da falta de efetivo”, explica a coordenadora do Escritório de Defesa dos Direitos da Mulher, Iara Bonfante. A mobilização acontece das 9h às 17h.


Postado Por Alair Alcântara


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